Racionamento de água em Paracatu não está descartado em 2018, diz Gerente da Copasa

Segundo a Gerente Regional da Copasa, diversas obras e investimentos serão realizados nos próximos meses no município.

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Racionamento de água em Paracatu não está descartado em 2018, diz Gerente da Copasa

Aconteceu na tarde desta terça-feira (27) na Câmara Municipal de Paracatu, uma audiência pública com representantes da companhia de saneamento de Minas Gerais a Copasa, para tratar sobre os investimentos e obras da companhia no município neste ano de 2018.

A audiência pública realizada pela Comissão de Administração da Câmara teve o objetivo de cobrar da Copasa, soluções mais enérgicas, para evitar uma possível crise hídrica no município, como a de 2017, além de mais celeridade nas obras de melhorias na captação e abastecimento de água no município.

A gerente Regional da Copasa em Paracatu, Elenice Louback , explanou durante a audiência os planos de melhorias da companhia para o município, bem como os investimentos que estão sendo feitos para melhorar a captação e abastecimento de água no município. De acordo com Elenice, uma ordem de serviço de setorização foi emitida nesta segunda-feira (26) e os materiais já estão chegando e as obras começam nesta semana. Os poços estão sendo equipados e estarão interligados no sistema nos próximos meses.

Ainda segundo Elenice, sobre a construção do reservatório de água no município, a negociação da área para a instalação do reservatório de acumulação, é desde o mês novembro do ano passado, pois a ideia do reservatório de acumulação de água surgiu em outubro de 2017, e deste então, começou uma negociação amigável com o proprietário da área. Mas no início de Fevereiro deste ano, o proprietário recuou da negociação e partiu para uma questão jurídica, não aceitando uma negociação amigável. Diante do impasse, a Copasa partiu para um decreto de utilidade pública da área, em parceria com a prefeitura e O processo já está distribuído no fórum de Paracatu, para a desapropriação da área.

Elenice ainda disse que é previsto para o dia 16 de abril, a abertura das propostas comerciais que é mais uma etapa do processo de licitação, para o início das obras do reservatório. Após o termino da licitação e a ordem de serviço emitida, a conclusão das obras é de quatro meses.

De acordo com Elenice, quatros linhas de ação estão sendo realizadas pela companhia, como a perfuração de poços profundos, obras de setorização, construção do reservatório de acumulação de água, e uma nova captação. Os poços é que estão mais adiantados, eles, já estão sendo interligados, a maioria já equipados com bombas e barriletes, faltando a construção da adutora de alguns dos poços. – Disse Elenice.

O município de Paracatu passou pela maior crise hídrica dos últimos 100 anos, no ano de 2017, após  um longo período de estiagem no município. Devido a grande escassez hídrica, houve uma grande redução do volume de água do Santa Izabel, principal manancial de abastecimento da cidade, sendo realizado um rodizio de abastecimento de água na cidade. Mesmo com o rodizio, foi necessário uso de caminhões-pipa para conseguir  atender  a população. Foram pouco mais de dois meses de sofrimento, que só teve fim, graças ao período de chuvas.

Perguntada sobre um possível racionamento, como do ano passado, Elenice não descartou a hipótese e disse que Paracatu pode sim passar por racionamento este ano, mesmo após o município ter  recebido um volume maior de chuvas.

A presidente da comissão, Vereadora Marli Ribeiro, falou dos assuntos tratados na audiência e dos investimentos que a Copasa promete fazer nos próximos meses no município. Entretanto, a vereadora falou da insatisfação pelo reservatório ainda não ter ficado pronto, já que as chuvas já estão indo embora e com isso, o município pode passar novamente pelo racionamento de água. A vereadora ainda disse que tudo que foi discutido na audiência, será gerado um relatório que será encaminhado para o Ministério Público e para os órgãos responsáveis, para continuarem cobrando da empresa, juntamente com a comissão e acompanhando o que está sendo feito pela a empresa, para não termos a crise tão intensa como do ano passado. – Afirmou a vereadora

O vereador Pedro Adjunto, falou dos passos lentos da Copasa para soluções dos problemas, e ainda disse da tristeza, pela companhia estar vindo à Câmara para apresentar um plano ainda muito atrasado, que coloca a culpa também na população, sendo que a população e vítima, vitima de uma prestação de serviço totalmente errada, vítima de uma empresa que está sucateada pelo Estado, e que vem na câmara querendo tampar o sol com a peneira. – Disse Pedro. “E hoje em dia, no momento político que as pessoas não se sentem representadas e estão revoltadas, agente precisa de clareza, para que a população não sofra como no ano passado”. O vereador ainda sugeriu que o jurídico do município, provocasse o Ministério Público, para que fizesse um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a empresa, deixando claro, ações e multas, caso houvesse um descumprimento do termo pela empresa, tendo em vista que já foram feitos cinco TAC com a companhia.

Elenice se mostrou confiante com o novo cenário de investimentos que serão feitos pela companhia nos próximos meses, e ainda afirmou que campanhas de conscientização da população para o uso consciente da água, serão realizadas no próximo mês, como uma forma de amenizar uma possível crise hídrica no município.

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