quarta-feira, maio 8, 2024
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Prefeito afirma, em plenária de saúde, que Unaí construirá Hospital Regional

Ele explica ser uma questão de lógica um hospital regional ser construído em Unaí, em razão de sua posição geográfica e do rol de municípios pactuados que já são atendidos aqui

O prefeito José Gomes Branquinho aproveitou a realização da Plenária do Conselho Municipal de Saúde, nesta quarta-feira (10/4), para dizer ao público presente que a Administração Municipal pretende construir um hospital em Unaí. De acordo com o prefeito, o noroeste é a única região do Estado que não possui seu hospital regional, o mais próximo estando a 330 km de Unaí, em Patos de Minas (Alto Paranaíba).

Ele explica ser uma questão de lógica um hospital regional ser construído em Unaí, em razão de sua posição geográfica e do rol de municípios pactuados que já são atendidos aqui. Ele diz acreditar, no entanto, que o Estado não fará a construção (pois nove municípios estão com obras paralisadas por falta de recursos estaduais), por isso Unaí está se antecipando.

Para viabilizar financeiramente a obra, Branquinho explica que o recurso virá da venda de terrenos vagos do município. “Vamos trocar imóveis que estão servindo para incomodar vizinhos e criar mosquito da dengue por uma construção que será útil no atendimento da população. Ao invés de perda, Unaí terá ganho patrimonial”, ressaltou.

O projeto de lei (PL) que autoriza a Administração Municipal a vender os terrenos está na Câmara de Vereadores. O prefeito salientou que, do projeto, consta um artigo estabelecendo que esses recursos sejam utilizados somente na construção do hospital, estando vetado o remanejamento do dinheiro para outra finalidade, qualquer que seja o prefeito que venha a gerir o recurso.

“Aí o Estado não terá a desculpa de dizer que não tem como construir o hospital em Unaí. Vamos entregar a obra pronta”, revelou Branquinho. O custeio do Hospital Regional, no entanto, é função do Estado, como ocorre nos locais onde essas instituições estão instaladas. “Depois de construído, aí terá início um novo jogo político, porque será necessário criar a instituição, transformar isso em política de saúde. E nós não vamos descansar até conseguir isso”.

A ideia de construção própria do hospital regional faz de Unaí um município diferente, já que outros aguardam o governo do estado aportar recursos para terminar as construções, muitas das quais adiantadas (mas paradas): Juiz de Fora, Sete Lagoas, Teófilo Otoni, Governador Valadares, Divinópolis, Além Paraíba, Conselheiro Lafaiete, Montes Claros, Nanuque e Novo Cruzeiro aguardam a conclusão das obras.

“Vamos entregar o hospital pronto, mas queremos do Governo do Estado que ofereça a Unaí a mesma solução institucional que encaminhar para os outros hospitais regionais que estão com as obras inacabadas”, afirmou Branquinho, acrescentando que o “Noroeste não pode ficar sem um hospital regional”.

Situação da saúde

Além da questão do hospital regional, o prefeito Branquinho disse reconhecer a importância da plenária para falar sobre a situação da saúde unaiense. Ele lembrou que dos R$ 37 milhões que o Estado deve para Unaí, R$ 14 milhões são devidos à Saúde. Ele lamentou, porém, que o recurso que o governo estadual deveria repassar para o setor não entrou na pauta de negociações acordadas entre o governo de Minas e a Associação Mineira de Municípios (AMM).

Ficou acordado entre as partes que o governo de Minas pagará o que deve aos municípios em 33 parcelas, a partir de janeiro de 2020. Mas esse valor diz respeito somente aos repasses de ICMS, IPVA e Fundeb. Ou seja, nos setores em que os municípios moveram ações judiciais contra o Estado. Porém, ficam de fora os repasses devidos da saúde, do piso da assistência social e do transporte escolar.

À dívida com o repasse da saúde que Unaí não sabe como vai receber do Estado soma-se os gastos com o setor que chegam a quase 40% do orçamento público municipal, quando a Constituição federal determina que o município é obrigado a gastar no mínimo 15%. A despesa com o Hospital Municipal, que atende Unaí e municípios da região, absorveu R$ 37 milhões de um total de R$ 68 milhões dos gastos totais com a saúde municipal em 2018.

Para Branquinho, a conta municipal “não fecha” na saúde porque o município está gastando muito com o que não é de sua obrigação institucional. Ele lembra que a obrigação do município é com a atenção básica, ou seja, atendimentos em unidades básicas de saúde e PSFs. Como tem de cuidar do hospital municipal, atendendo toda a região, Unaí deixa de cumprir com eficiência sua função principal.

O prefeito lembra, por exemplo, que a cobertura de PSFs atinge somente 54% da população da cidade. “Estamos gastando onde não é nossa obrigação. Porque temos de preocupar com um hospital que funciona de segunda a segunda, 24 horas por dia, atendendo a todos (da região) que o procuram. “Precisamos fazer alguma coisa, para que daqui alguns anos tudo isso esteja resolvido”.

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