Irmãos são presos por prática de crimes cruéis no DF

Trio é cigano e teria agido com apoio de comparsa. Eles cometeram uma chacina, um latrocínio, deceparam dedos de idoso e estupraram criança, diz Polícia Civil.

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Irmãos são presos por prática de crimes cruéis no DF

Quatro pessoas foram presas por suspeita de envolvimento em uma série de crimes violentos no Distrito Federal e em Goiás entre 2013 e 2017. Três deles são irmãos, de origem cigana, afirma a Polícia Civil do DF. Os mandados foram cumpridos em Planaltina (DF), Anápolis (GO) e Buritis (MG).

De acordo com a polícia, Maykon, Derlei e Juverlei da Silva Moura agiam com a ajuda de uma quarta pessoa, José Afonso Pereira Dutra Junior. Juntos, eles teriam cometido uma chacina e um latrocínio, decepado os dedos de um idoso e estuprado uma criança.

O primeiro crime conhecido da suposta quadrilha no DF foi em outubro de 2016. Segundo investigadores, o grupo invadiu a casa de Euclides Vieira, com 88 anos na época, que morava sozinho no bairro Sulamérica, em Planaltina. Eles roubaram móveis e eletrônicos, imobilizaram o morador e exigiram que ele entregasse o cartão da aposentadoria, de R$ 800.

De acordo com o delegado Edson Medina, da 16ª DP, as armas usadas durante o assalto eram facas e facões – um dos homens teria tentou atingir a vítima no pescoço. Para tentar se proteger, Vieira ergueu as mãos, mas o golpe acabou decepando os dedos do aposentado.

Série de crimes

O segundo crime, um latrocínio, foi em outubro de 2017. Também em Planaltina, o grupo teria invadido a residência de um caseiro no Núcleo Rural Samandy e assassinado o homem com oito facadas. Duas das facas ficaram cravadas no corpo: uma no peito e outra na boca. Eles também são acusados de roubar vários objetos do local.

O modo de ação cruel e semelhante ao do caso de outubro de 2016 chamou a atenção da polícia, que passou a investigar se os crimes tinham sido cometidos pela mesma quadrilha. O grupo também é apontado como responsável por uma chacina em Anápolis que matou cinco pessoas de uma família.

Derlei, que liderou a ação em Sulamerica e em Anápolis, segundo a polícia, é responsável também pelo estupro de uma criança em Caldas Novas (GO). De acordo com a investigação, o estupro foi cometido na presença do pai da criança, que acabou se suicidando dias após o crime.

Derlei da Silva Moura tinha oito mandados de prisão em aberto no momento da prisão e foi encontrado em Buritis (MG).

Difícil identificação

Um dos fatores que dificultava a identificação dos acusados é que eles usavam nomes falsos em cada local que chegavam, afirma a polícia do DF. Além disso, os investigadores relatam dificuldade em encontrar documentos atualizados, como carteira de identidade.

“Pela própria cultura cigana, eles não têm muitos documentos. Quando muito, possuem uma certidão de nascimento”, afirma o delegado Medina.

A polícia, porém, diz que as provas biológicas como DNA e impressões digitais são suficientes para garantir a autoria dos crimes. Se condenados, eles podem pegar até 30 anos de prisão pelo latrocínio e pela tentativa de homicídio.

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