Mau fornecimento de Energia Elétrica causa prejuízo milionário a Produtor Rural

Produtor Rural sofre com prejuízo de mais de 3 milhões, por conta da falha na entrega de energia elétrica em sua propriedade na região Noroeste de Minas

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A propriedade afetada do Produtor Rural Dirceu Júlio Gatto, demandou muitas horas de trabalho e investimento, são 2.000 hectares irrigados em sua fazenda em Arinos e infelizmente toda esta área plantada foi danificada pela interrupção no fornecimento de energia, decorrentes de problemas na linha de transmissão.

Um dos gargalos para o desenvolvimento econômico e social nos rincões do Estado de Minas Gerais e do Brasil, sem sombra de dúvida é a falta de infraestrutura, e a entrega de serviços de boa qualidade.

E quando falamos de infraestrutura para o desenvolvimento da atividade econômica, gerando renda e empregos, é o fornecimento de energia elétrica, um dos pilares da infraestrutura, para o desenvolvimento regional. É o agronegócio que vem dando sustentação a balança comercial brasileira, segurando milhares de vagas de empregos no setor.

Para exemplificar, damos um triste exemplo desta fazenda que fica no Município de Arinos/MG (Noroeste de estado), que foca sua produção atualmente na cultura do milho e da soja irrigados. Como a região tem ciclo chuvoso menor, os produtores que vem investindo ali, foca sua produção em áreas totalmente irrigadas.

Mas o que vem ocorrendo nestas propriedades, tem tornado um martírio na vida desses empreendedores rurais, explica-se, em ciclo de desenvolvimento da planta, há registro de falta de água, devido a não entrega de energia contratada, deixando os pivôs usados na irrigação parados por falta desta.

O Sr. Antônio Ribeiro (Gerente responsável pela área de produção), desta fazenda, afirma que plantio irrigado na cultura do milho, tem perda de aproximadamente 35% a 45%, gerados por atraso no ciclo de crescimento da planta, que mesmo com a chegada das chuvas – que são poucas nesta região –  a cultura do milho não será recuperada, e que quanto a soja, a situação é ainda pior.

Um outro funcionário da mesma fazenda, o Sr. Marcos Cesar Dias (Subgerente de produção) informou que a área que deveria ter uma população de 10 plantas nascidas, reduziu em muito para cerca de 30% por falta de umidade (irrigação).

O atendimento realizado na região, em parte é feito por uma empresa terceirizada, e a Companhia Energética (Cemig) foi devidamente avisada do problema, mas a demora para resolvê-lo agravou em muito a situação, e somente em um dos pivôs da propriedade, com área de 197 hectares (milho), a falta de energia elétrica, impediu o bombeamento da água até o solo, deixando-o seco o que danificou totalmente as plantas.

Para se ter uma ideia da importância da propriedade na economia do município, mais de 200 trabalhadores dependem diretamente das atividades na fazenda e outras centenas indiretamente (são estes na sua maioria, pais de família), ficando todos bastantes preocupados com a situação.

O prejuízo da propriedade ainda não foi totalmente calculado. O produtor rural declara que o prejuízo será grande, informando ainda, que já foram contratados dois engenheiros agrônomos para fazerem os laudos, até o momento o valor do prejuízo ultrapassa a cifra de 3 milhões de reais, e em visita a propriedade (sede) é possível encontrar equipamentos danificados (“que queimaram”) devido as constantes “quedas” de energia.

Por outro lado, as contas de energia da propriedade afetada, ultrapassaram valores de 300 mil reais mensais, normalmente o serviço vem deixando a desejar na região. Na última visita de técnicos da empresa, teria sido identificado que o problema seria apenas em um cabo que se desconectou, algo que deveria ter sido resolvido em poucas horas, mas que só depois de causar enorme prejuízo foi resolvido. O Sr. Ivanei Gomes (Operador de Sistema de Irrigação) da propriedade disse, que os técnicos foram acionados e disseram que o problema era na rede interna da fazenda, porém fora observado que não era.

Para o Produtor Rural Dirceu Júlio Gatto, o atendimento na região precisa melhorar, “precisa que alguém tome as devidas providencias e coloque pessoas capacitadas para fazer os devidos reparos nestas redes, porque senão não tem como trabalhar desta forma, não é primeira vez que acontece, outras vezes em menores escalas mas já vem acontecendo diversas vezes”.

Em nota a Cemig informou que “a primeira solicitação do cliente se deu no dia 12/12/2019 quando o problema não foi detectado, sendo gerado um outro serviço para o dia seguinte. No dia 13/12/2019, a equipe foi até o local, mas não foi possível o acesso ao equipamento do cliente, pois a cabine estava trancada. No dia 17/12/2019, uma equipe constatou que havia um mau contato em um conector na rede da Cemig na entrada da cabine, sendo solucionado o problema. A Cemig está tomando as providências para que os problemas encontrados sejam evitados nos próximos atendimentos, orientando as equipes a buscar soluções mais rápidas. Com relação ao cliente, foi liberada a utilização da energia no horário de ponta por um período de 10 dias. Dessa forma o cliente poderá recompor os níveis de umidade no solo”.

Vídeo matéria exibida na Band Minas.

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