Somente no último fim de semana, foram 13 as confirmações, sete delas no bairro Canabrava. Em um dos 20 casos, uma adolescente de 13 anos teve seu estado particularmente agravado e foi hospitalizada. Nos locais onde casos suspeitos e confirmados são registrados, agentes da Secretaria Municipal de Saúde fazem bloqueio sanitário, com borrifação de inseticida. A Sesau também promoveu ações no Canabrava, para orientar a população e distribuir material informativo. Foram distribuídos ainda sacos de lixo para recolhimento de recipientes que acumulam água. Esse material recolhido foi levado por um caminhão da Prefeitura.
A recomendação dos técnicos e autoridades de saúde do município é que a população fique atenta, principalmente na observação do que pode passar despercebido: pratinhos e vasos de plantas, calhas de telhados, tambores para armazenagem de água da chuva, recipientes de retenção de água atrás de geladeiras e escoamento de aparelhos de ar condicionado.
“Todo mundo já sabe que o mosquito se multiplica onde tem água parada. Às vezes, as pessoas limpam os quintais e esquecem alguns locais que podem camuflar a água parada, pontos que podem passar despercebidos”, afirma a coordenadora de Epidemiologia da Sesau, Adriane Araújo. Segundo ela, cada pessoa é responsável em zelar por seu imóvel. “Precisamos de atitude positiva da população, porque a Prefeitura não limpa calhas de telhado das casas ou coloca tampa em tambores que as pessoas têm em casa para armazenar água da chuva. Só o morador pode fazer isso”.
Planejamento
Adriane Araújo observa que o surgimento de casos confirmados logo no início do período chuvoso acende um sinal de alerta no município. “Este ano começou diferente para a dengue. A população tem de cuidar do que é seu, para evitar um surto ou epidemia da doença”.
A Prefeitura está tomando as providências. Na próxima sexta-feira (9/11), o setor de Epidemiologia da Sesau fará reunião com médicos e enfermeiros, para estabelecer um protocolo de atendimento da população e o enfrentamento de possíveis situações de surto e epidemia. Para isso, um plano de contingência está sendo elaborado pela Sesau.
“Temos de planejar a preparação de locais de referência no atendimento à população e como isso deverá ser feito, para evitar o estrangulamento do Pronto-Socorro do Hospital Municipal”. Adriane lembra que durante a epidemia de dengue de 2015, por exemplo, as unidades de referência no atendimento à população funcionavam até as 22 horas.
Para as pessoas que apresentarem, repentinamente, sintomas como febre e fortes dores no corpo, principalmente nas articulações, a recomendação é procurar a unidade de saúde ou PSF. À noite e nos finais de semana, o Pronto-Atendimento (PA do Hospital Municipal) é a referência de atendimento.