Bloqueio em Unaí continua. População apóia paralisação.

Embora 9 entidades dos caminhoneiros tenham firmado um acordo com o governo, grande parte da categoria no RS, PE, MG e BA por exemplo não se sente representada nesse entendimento, e suas lideranças mantêm a paralisação. Esse será o novo desafio para governo, congresso e caminhoneiros.

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Em Unaí a paralisação continua nas 3 saídas da cidade, para Brasília, Paracatu e Buritis.

Nas conversas de rua, nos grupos de whatsapp é unânime o apoio dos unaienses ao movimento que para o Brasil.

Negociação falhou

O governo não conseguiu entrar em acordo com os caminhoneiros. O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, saiu mais cedo da reunião entre o comitê ministerial e representantes da categoria. O líder diz que o governo sinalizou reduzir pela metade a alíquota do PIS/Cofins, proposta que não o agradou, bem como os cerca de 700 mil profissionais representados pela entidade. A UNICAM não assinou o documento.

A proposta do governo mostra uma contrariedade ao que está proposto no projeto de desoneração da folha de pagamento aprovado ontem na Câmara dos Deputados. A matéria se encontra, agora, no Senado Federal, e pode ser votada ainda hoje. A proposta em discussão prevê a eliminação do PIS/Cofins sobre o diesel, medida que agrada a Lopes.

O movimento dos caminhoneiros está dividido. Diferentemente de Lopes, outros dirigentes acenaram com a possibilidade de concordar com a proposta do governo, de reduzir pela metade o imposto. “Quando chegou a minha vez (de falar), disse que vim aqui para resolver o problema do diesel. Aí a coisa engrossou. Falei o que tinha que falar, e, com todo o respeito, pedi desculpas e saí”, declarou.

A reunião ocorreu no Palácio do Planalto. O governo é representado pelos ministros dos Transportes, Valter Casimiro, da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Os caminhoneiros estão representados por 10 entidades, além da Abcam.

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