quarta-feira, abril 24, 2024
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Dengue em Unaí: 183 casos positivos somente em 2020

A Secretaria de Saúde de Unaí (Sesau) apontam 612 notificações para a dengue na cidade, com 183 casos positivos

Os registros atualizados (até a tarde dessa terça, 11/2) da Secretaria de Saúde de Unaí (Sesau) apontam 612 notificações para a dengue na cidade, com 183 casos positivos. No ano passado, Unaí registrou três óbitos confirmados e um sob investigação do Estado. Em 2020, um caso de morte por dengue em Unaí está sendo investigado pelas autoridades sanitárias de Minas Gerais. Somando-se esses registros ao resultado do LIRAa (pesquisa larvária) obtido em janeiro, apontando alto índice de larva do Aedes aegypti em todos os bairros da cidade, têm-se uma situação preocupante. Diante do cenário de alto risco, Prefeitura e Gerência Regional de Saúde (GRS – órgão da Secretaria de Estado de Saúde) estão agindo e realizaram pequenas forças-tarefas de combate à dengue nos bairros com maior incidência de infestação larvária. Na manhã desta quarta-feira (12/2), as ações ganharam a parceria da Polícia Militar para a realização de uma blitz educativa nas praças da Prefeitura, da Igreja Matriz e de São Cristóvão.

A blitz consiste, basicamente, em abordar motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres com panfletos informativos sobre formas de prevenir e combater os criadouros de larvas e a consequente proliferação de mosquitos transmissores. “Muita gente diz que blitz não resolve, mas entendemos que tudo que puder ser feito para reforçar as orientações à população, nós temos de fazer. A gente sempre falando e fazendo as ações já está ruim. Se não falar e não fizer, então. Todas as ações e atividades de combate ao mosquito são válidas”, afirma Lucas Mendes Diniz, referência técnica em endemias da GRS Unaí.

Diniz lembra que os bairros unaienses mais infestados com larvas do mosquito, de acordo com o LIRAa (feito em janeiro de 2020), são Centro, Cruzeiro, Barroca,Sagarana, Dom Bosco, Santa Luzia, Serenata e Novo Horizonte. “Esses bairros viraram nosso alvo principal para orientação dos moradores e eliminação de focos”, diz o técnico, acrescendo que pequenas forças-tarefas foram promovidas por PMU e GRS para ações nesses bairros.

Além das blitze educativas (nas praças e semáforos), a dengue também será objeto de abordagem da Secretaria Municipal de Educação nas escolas, por já fazer parte do calendário letivo. A abordagem educativo-informativa também vem sendo feita nos corredores de PSFs e unidades básicas de saúde da cidade. A orientação é feita sistematicamente por enfermeiras, técnicas de enfermagem, agentes de saúde num corpo-a-corpo efetivo com os usuários dessas unidades.

A determinação é adotar todas as medidas de prevenção e combate à dengue, que são bem-vindas neste momento. De acordo com dados da GRS, dentre os municípios do Noroeste de Minas sob jurisdição da regional, Unaí é o município com situação mais crítica. Na sequência, aparecem Paracatu e Cabeceira Grande como municípios em situação de risco crescente. O sinal amarelo também já foi aceso em Uruana, Arinos, Natalândia, Formoso e Dom Bosco. Todos os citados, no entanto, com registros bem distantes dos de Unaí.

POLÍCIA MILITAR

A PM é um parceiro de primeira hora do município em blitze educativas como esta. De acordo com o tenente-médico da Polícia Militar, Evandro Guedes, a corporação também promove ações educativas de combate à dengue nas unidades de Unaí e das outras cidades do Noroeste. “A Polícia Militar atua efetivamente na segurança pública, mas também tem papel relevante em outras ações, como conscientização em saúde”, observa o tenente Guedes. Ele explica que ações mensais contra a dengue são promovidas dentro das unidades da PM, para reforçar a mensagem.

“Quando ocorrem surtos ou epidemias de dengue, militares também são acometidos”, lembra o oficial, assinalando que a taxa de absenteísmo (falta ao trabalho) de militares por causa da doença também atinge as unidades da PM. Por isso, ele concorda que o envolvimento visando à prevenção e o combate à dengue precisa ser uma ação de toda a sociedade, visto que a doença é bastante “democrática” e pode atingir a todos, por igual, provocando muito mal-estar aos pacientes, corrida às unidades de saúde, e mortes.

O trabalho contra a dengue continua. Todos os dias do ano. Dengue não é mais doença que aparece no período chuvoso. A prevenção agora é o ano todo. E não se trata de obrigação apenas da Prefeitura, dos setores de saúde e de órgãos públicos. O envolvimento deve ser de toda a sociedade. Cada cidadão, cada morador deve fazer sua parte em casa e no trabalho. A prevenção, ou seja, evitar o nascimento do mosquito da dengue ainda é o melhor remédio. Para isso, portanto, não deixe água acumulada e parada.

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